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O varejo é um dos setores da economia com maior representatividade no PIB nacional, também é um dos que mais empregam, assim como possui uma cadeia de parceiros e fornecedores enorme. Aliado ao contato direto que milhões de consumidores (titulares) que fornecem seus dados pessoais e os têm compartilhados com fornecedores e parceiros, torna-se um setor com muitas oportunidades e desafios, como definições de bases legais, tratamento de dados sensíveis e transferência para terceiros.

Os números do varejo brasileiro são enormes, tanto na quantidade de empresas envolvidas no setor, da cadeia de fornecedores, de empregos diretos e indiretos, como na sua representatividade na economia brasileira. Nesse sentido, em 2018, o varejo restrito (excluindo automóveis e material de construção) representou 20,25% do PIB.

Com todo esse tamanho e importância é normal que seja um setor com grandes desafios no tocante à proteção de dados e à adequação à LGPD.

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, que foi criada para proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade dos indivíduos (Art. 1º).

A entrada em vigor da LGPD tem criado muitas expectativas positivas e negativas no setor varejista, pois trata-se do setor que mais tem contato direto com o consumidor e consequentemente na coleta direta de dados pessoais.

O varejo possui uma cadeia enorme de informações de titulares (clientes, funcionários, prestadores de serviço, etc.), fornecedores e parceiros comerciais, com uma grande volumetria de transferência de dados pessoais. Um grande desafio na governança de todas essas informações. Por outro lado, esse cenário torna-se muito propício para grandes oportunidades comerciais como e-commerce, IA (Inteligência Artificial), Machine Learning, Big Data/ Business Analytics.

Diante desse cenário Inovação é uma parte fundamental no setor, de modo que várias empresas varejistas estão investindo na criação de centros que promovem e suportam o empreendedorismo inovador.

As novas tecnologias utilizadas nesses processos inovadores, terão nos dados pessoais dos titulares, uma fonte enorme de oportunidade de soluções, mas também preocupações com respeito do tratamento justo e transparente, além da proteção à privacidade.

As adequações contratuais, as exigências de conformidades à LGPD para parceiros e fornecedores, definições das bases legais nos mais diferentes serviços e Data Mapping, são outros desafios para o setor que possui grandes ocorrências de transferência externas de dados pessoais.

Com olhar para o futuro, percebemos que os desafios só irão aumentar, pois o setor varejista sofrerá grandes mudanças com as inovações que estão a caminho, além da chegada da tecnologia 5G, que irá trazer uma forte inclusão de IoT (Internet of Things) no setor. Com isso haverá o aumento significativo de coleta de dados pessoais através de soluções de logística, lojas inteligentes e de melhora da experiência do cliente

Com todos esses desafios para a organização varejista manter uma relação de confiança com o titular de dados é fundamental que ocorra um tratamento de dados pessoais legal, limitado e transparente.

O custo de adequação é um assunto da maior relevância, mas deve-se levar em conta os prejuízos causados por eventuais vazamentos de dados pessoais e os benefícios significativos em vantagem competitiva, confiança dos clientes, maior atratividade para investidores além da redução do passivo de contingência em  fusões e aquisições.

Contando com o ferramental tecnológico adequado e com uma assessoria especializada, é possível criar um projeto compatível com o negócio da empresa, alinhado a um engajamento na mudança da cultura de privacidade de dados, que trará a preservação do investimento na adequação e a redução de custos de eventuais penalidades e danos à reputação da empresa.

Estar adequado à LGPD, ter uma sólida governança de dados e segurança de informação, é a melhor forma de conquistar a credibilidade do cliente e aumentar a reputação da empresa além de obter um diferencial na concorrência.

Um setor que é protagonista no crescimento da econômica brasileira e com crescentes índices de modernização, poderá servir como referência na proteção de dados de seus clientes, parceiros e colaboradores.

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Autor:

Marcelo Gagliani – Engenheiro com mais de 30 anos de experiência na área de TI.
Certificado EXIN: PDPF (Privacy and Data Protection Foundation), ISFS (Information Security Foundation based on ISO IEC 27001), ISMP (Information Security Management Professional based on ISO/IEC 27001), PDPP (Privacy and Data Protection Practitioner), ISO (Information Security Management ISO/IEC 27001) e DPO (Data Protection Officer)
Membro do Comitê de Varejo da ANPPD
GSA Data Protection

 

Originalmente publicado em: Linkedin Pulse